Dica para Leitura: Percy Jackson e os Olimpianos – Livro Um - O Ladrão de Raios Rick Riordan - Ed. Intrínseca

Dica para sua Leitura
Percy Jackson e os Olimpianos – Livro Um - O Ladrão de Raios
Rick Riordan - Ed. Intrínseca

Sinopse:
“Percy Jackson está para ser expulso do colégio interno... de novo. É a sexta vez que isso acontece. Aos 12 anos, esta é apenas uma das ameaças que pairam sobre este garoto, além dos efeitos da síndrome do déficit de atenção, da dislexia ... e das criaturas fantásticas e deuses do Monte Olimpo, que, ultimamente, parecem estar saindo dos livros de mitologia grega do colégio para a realidade. E, ao que tudo indica, estão aborrecidos com ele.

Vários acidentes e revelações inexplicáveis afastam Percy de Nova York, sua cidade, e o lançam em um campo de treinamento muito especial, onde é orientado para enfrentar uma missão que envolve humanos diferentes – metade deuses, metade homens -, além de seres mitológicos. O raio-mestre fora roubado, e é Percy quem deve resgatá-lo.

Com a ajuda de novos amigos – um sátiro e a filha de uma deusa – Percy tem dez dias para reaver o instrumento de Zeus, que representa a destruição original, e restabelecer a paz no Olimpo. Para conseguir isso, precisará fazer mais que capturar um ladrão. Terá de encarar o pai que o abandonou, resolver um enigma proposto pelo Oráculo e desvendar uma traição mais ameaçadora que a fúria dos deuses.”

Trechos em que a dislexia e/ou o TDA-H são citados, ou insinuados:

Pág. 15 – “Eu queria ficar zangado, aquele sujeito me pressionava demais. Quer dizer, claro, era legal em dias de torneio, quando ele vestia uma armadura romana, bradava “Olé!” e nos desafiava, ponta de espada contra giz, a correr para o quadro-negro e citar pelo nome cada pessoa grega ou romana que já viveu, o nome de sua mãe e que deuses cultuavam. Mas o senhor Brunner esperava que eu fosse tão bom quanto todos os outros a despeito do fato de que tenho dislexia e transtorno do déficit de atenção , e de que nunca na vida tirei uma nota acima de C-. Não – ele não esperava que eu fosse tão bom quanto ; ele esperava que eu fosse melhor . E eu simplesmente não podia aprender todos aqueles nomes e fatos, e muito menos escrevê-los direito.”

Pág. 17 – “Observei os táxis que passavam descendo a Quinta Avenida e pensei no apartamento de minha mãe, na área residencial próxima ao lugar onde estávamos sentados. Eu não a via desde o Natal. Tive muita vontade de pular em um táxi e ir para casa. Ela me abraçaria e ficaria contente de me ver, mas também ficaria desapontada. Imediatamente me mandaria de volta para Yancy e me lembraria de que preciso me esforçar mais, ainda que aquela fosse minha sexta escola em seis anos e que, provavelmente, eu seria chutado para fora de novo . Não conseguiria suportar o olhar triste que ela me lançaria.”

Pág. 19 – “Tenho milhares de momentos desse tipo – meu cérebro adormece ou algo assim e, quando me dou conta, vejo que perdi alguma coisa, como se uma peça do quebra-cabeça desaparecesse e me deixasse olhando para o espaço vazio atrás dela. O orientador da escola me disse que isso era parte do transtorno do déficit de atenção , era meu cérebro que interpretava tudo errado.”

Pág. 20 – “Tudo o que pude pensar foi que os professores haviam descoberto o estoque ilegal de doces que eu estava vendendo no meu dormitório. Ou talvez tivessem descoberto que eu pegara meu trabalho sobre Tom Sawyer na Internet sem ter nem lido o livro, e agora iam retirar minha nota. Ou pior, iam me obrigar a ler o livro .”

Pág. 29 – “Na tarde seguinte, quando estava saindo da prova de latim de três horas, atordoado com todos os nomes gregos e romanos que tinha escrito errado , o sr. Brunner me chamou de volta.”

Pág. 32 – “O cartão tinha um escrita floreada, que era um terror para os meus olhos disléxicos ...”

Pág. 46 – “Eu me perguntei como ela podia dizer aquilo. O que havia de tão bom a meu respeito? Um menino disléxico, hiperativo, com um boletim D+, expulso da escola pela sexta vez em seis anos .”

Pág. 96 – “– Aposto que você ficou passando de escola em escola. Aposto que foi expulso de uma porção delas. (...) Teve diagnóstico de dislexia . Provavelmente transtorno do déficit de atenção também. (...) Tudo junto, é quase um sinal certo. As letras flutuam para fora da página quando você lê , certo? Isso é porque a sua mente está fisicamente programada para o grego antigo. E o transtorno do déficit de atenção ... você é impulsivo, não consegue ficar quieto na classe . Isso são os seus reflexos de campo de batalha. Numa luta real eles o manterão vivo. Quanto aos problemas de atenção , isso é porque enxerga demais, Percy, e não de menos. Seus sentidos são mais aprimorados que os de um mortal comum. É claro que os professores querem que você seja medicado. Eles são em maioria monstros. Não querem que você os veja como são.”

Pág. 162 – “Encostei a tampa da caneta na ponta da espada e instantaneamente Contracorrente encolheu e se transformou de novo em uma esferográfica. Enfiei-a no bolso um pouco nervoso, porque na escola tinha a fama de perder canetas .”

Pág. 172 – “O que eu fiz a seguir foi tão impulsivo e perigoso que eu mereceria ser o rei do transtorno do déficit de atenção do ano.”

Pág. 179 – “A construção principal era um armazém comprido e baixo, cercado por quilômetros de estátuas. O letreiro de néon acima do portão era para mim impossível de ler, pois, se existe coisa pior para a minha dislexia do que inglês normal , é inglês em letras cursivas, vermelhas, em néon. Para mim, parecia MEOPRÓI ED NESÕA ED JIDARN AD IAT MEE. (...) Empório de Anões de Jardim da Tia Eme.”

Pág. 250/251 – “O caminhão tinha uma placa na parte de trás , que eu só pude ler porque estava pintada ao contrário, em branco sobre preto, uma boa combinação para a dislexia : CARIDADE INTERNACIONAL: TRANSPORTE HUMANITÁRIO DE ZOOLÓGICO. CUIDADO: ANIMAIS SELVAGENS VIVOS.”

Pág. 293/294/295 – “Li o nome no crachá e olhei para ele perplexo. – Seu nome é Quíron? (...) Ele segurou o crachá e correu o dedo embaixo das letras. - Consegue ler isso, parceiro? Aqui diz C–A–R–O–N–T-E. Diga comigo: CA-RON-TE. – Caronte. (...) Então Caronte me olhou. O olhar frio atrás dos óculos pareceu abrir um buraco em meu peito. – Mas você não conseguiu ler meu nome direito. Você é disléxico, rapaz?” Em inglês Caronte é Charon ou Kharon . No livro, Percy confunde este nome com o do centauro Quíron , também personagem no livro, que em inglês é Chiron ou Cheiron.

Capa do próximo livro da série,
"O Mar de Monstros", que já foi lançado.
Pág. 319 – “Hades ergueu uma sobrancelha. Quando ele chegou mais para a frente em seu trono, rostos sombrios apareceram nas dobras dos seus mantos negros, rostos atormentados, como se o traje fosse feito de almas dos Campos da Punição pegas ao tentar escapar, costuradas umas nas outras. Minha porção transtorno do déficit de atenção se perguntou se o resto das roupas dele era feito do mesmo modo. Que coisas horríveis alguém teria de fazer em vida para merecer ser parte da roupa de baixo de Hades?”

Pág. 338 – “Meus sentidos estavam fazendo hora extra. Agora eu entendia o que Annabeth dissera sobre como o transtorno do déficit de atenção pode manter você vivo na batalha. Eu estava totalmente desperto, notando cada pequeno detalhe.”

Pág. – 370 – “Essa é mais uma questão do transtorno do déficit de atenção . Os prazos simplesmente não existem para mim até que não tenha mais jeito. O verão acabara, e eu ainda não havia respondido para a minha mãe, nem para o acampamento, se iria ficar. Agora tinha apenas algumas horas para decidir. A decisão tinha tudo para ser fácil. Quer dizer, nove meses treinando para herói, ou nove meses sentado numa sala de aula – fala sério!”

Pág. 370/371 – “Fiquei pensando quantos monstros me atacariam se eu deixasse a Colina Meio-Sangue. Se eu ficasse em um só lugar durante todo um ano escolar, sem Quíron e meus amigos em volta para me ajudar, será que minha mãe e eu sobreviveríamos até o próximo verão? E isso presumindo que os testes de ortografia e os ensaios de cinco parágrafos não me matassem .”
Por João C. Cartolano - Maio/2009.